Casas Tibau do Sul
Coautores: Sabrina Gofert e Yuri Vital
As casas Tibau do Sul têm em seu partido o contraste: a dicotomia entre o mineral e a madeira. De tal maneira que esta oposição entre os materiais setoriza as casas e as segmenta verticalmente, a partir de sua divisão as casas se unem. "Casas", no plural, pois na realidade se trata de duas residências geminadas. Nesse sentido o maior desafio foi, de fato, unificar visualmente o volume, criando uma unidade ao edifício.
A oposição das materialidades gera um volume inteiriço: no térreo o mineral, um paralelepípedo de pedra, em tons acinzentados que cria uma conexão do embasamento com o solo, como se a casa aflorasse do chão. Toda a área social está contida nesta primeira metade, uma planta aberta e livre para múltiplas interpretações. No pavimento superior a madeira ganha destaque: leve, flutuando pelo lote. Grandes varandas rodeiam a casa e ela deixa de se conter, se abrindo para a paisagem. O contraste é iminente e as dinâmicas dos pavimentos se contrapõem. Porém, no fim, a casa se assenta, as dinâmicas se alinham, a diferença unifica.